sexta-feira, 4 de maio de 2012

Reparações

Reparações?!
Sim, reparações!... mesmo que  posteriori do  muito que   foi  subtraído   de um coletivo racial, que aqui aportaram em condições terrivelmente adversas, há muito denunciam nas falas queixosas, lamuriosas de  seus "desvalidos", " bêbados", "loucos", insurgentes das primeiras horas.

Das falas solitárias daqueles que  vagueiam pelas ruas da cidade,  revelando  em si, como que  tatuados nos corpos, o real daqueles  que  foram marcados e lançados  na condição dos  (in)visíveis sociais, econômico e  politicamente.
Falas estas persistentes  que foram paulatinamente tomando fôlego,  reverberando nos becos,  nas vilas e nas favelas, das cidades e dos campos, com a força de  agrupar-nos através de nossas reminicências organizativas, culturais e religiosas, dando-nos sentido para um dizer  impossível de se calar.

Que num crescendo!...,   reverbera em nossa contemporaneidade, no vigor do discurso desejante  daqueles que dentre nós, conseguiram driblar de forma  estratégica uma contexto desfavorável,  galgando através do trabalho, da escolarização e de parcerias significantes , um espaço de articulação existencial inclusivo e instituinte, constituindo a partir dê,  novos redesenhos de exercícios de poderes, tão necessários para um por vir de visibilidade, sócio, econômico e político.

O tempo é o presente!
... Embora construir?!