sábado, 21 de maio de 2011

Lulu, quando crescer quero ser que nem você!

Hoje quero falar de Dona Lulu, que ao se apresentar assim falou:  “Maria Lúcia o meu nome, mas me chame de Lulu, é assim que todos aqui me conhecem”, falando  de forma bem despachada, esta alegre senhorinha.
Dona Lulu, com os seus 7.4 pontos bem vividos segundo a própria, esbanja energia, nas manhãs do “parquinho” da terceira idade, que de forma pomposa, a prefeitura de minha cidade, denomina de “Centro de Atividades da Terceira Idade”, trata-se de um espaço / praça atrás da igreja do Bairro, onde foram instalados  alguns aparelhos aeróbicos de baixo impacto, voltados prioritariamente para esta respeitosa galera.
Bom, para quem me conhece , deve estar se perguntando, mas já, com o assim? Explico, é que já estou em período  preparatório para terceira idade, sabe, então dei de freqüentar também  as atividades físicas de todas as manhãs na praça, uma delícia!
 Voltemos à dona Lulu, mas afinal a que se deve?
De ha muito ando a observá-la, senhora de baixa estatura, serelepe que só ela, disposta, falante, brincalhona, marca presença quando chega ao parquinho pela energia que distribui ao cumprimentar os presentes.
Hoje, não é que a danada, disputou um aparelho comigo!  Não chegamos à via de fato porque jamais faria isso, mas impressionou-me a forma como rápida ela se dirigiu com determinação, para o mesmo aparelho que naquele momento era meu objeto de desejo.
 Os equipamentos são concebidos para serem utilizados por duas pessoas ao mesmo tempo, o bendito equipamento em questão, funciona como pendulo permitindo que os corpos se movimentem como tal, simultaneamente, muito próximos, frente a frente ou um atrás do outro, confesso que não me vi naquele momento numa destas posições com ela, mas...
Dona Lulu, surpreendeu-me, subiu na “paradinha” e ainda convidou-me a estar com ela na “missão”, posicionando-se a minha frente, encarando-me sorridente,  como que a indagar, e aí! Ta pensando o quê?
Dona Lulu, lindinha, quando crescer quero  ser que nem você ! Sério!   Os atos que exprimimos são os mesmos que nos definem! Se não nos manifestarmos, como ser? 
Tenho dito.
21/05/2011

quarta-feira, 18 de maio de 2011



Orquídea Lilás por Sônia Cavassani  


Algumas referências gratificantes  desta iniciação necessária,  o cuidar desta linda orquídea Lilás, presente da Sônia Cavassani e o arrojo da arte de Edna Pedrosa, presente de sua filha  Juliana que comigo  esteve como estagiária de psicologia.  

sexta-feira, 13 de maio de 2011





Do meu "tabuleiro"  na contemporaneidade ao  tabuleiro de Cocadas de  "Vó Baiana", Dona  Filomena, que por aqui aportou para trabalhar de cozinheira,  em casas de ricas famílias da Bahia, que vieram para o Espírito Santo.

Segundo a história contada e recontada na   tradição oral dos negros de minha família, Vó Baiana,  quando menina foi escrava, mãe solteira de um único filho: Vô Demétrios - pai de meu pai, mandingueira e quituteira de mão cheia,  faleceu com 104 (cento e quatro) anos,   a  44(quarenta e quatro) anos atrás.
Com a certeza que trago em mim,  muito de ti! Neste dia,  te reverencio!

Salve! Salve! Minha Vó  Baiana!
                                                                                                                             13/05/2011

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Redesenhar de Novo

...“O enredo
a gente sempre todo dia tece
o destino aí acontece:
o bem e o mal
tudo depende de mim
sujeito determinado da oração principal.”
De Elisa Lucinda em Parem de falar Mal da Rotina
Na busca de criar um novo modo de resignificar a minha existência, que não me reporte somente ao já conhecido, tenho engatinhado nas redescobertas  exploratórias do que posso vir a fazer, qual não tem sido a minha surpresa, em perceber o quanto tem sido elástico o tempo que disponho, afê!
Tecer uma  rotina que  me permita circular com desenvoltura, nesta nova realidade. É esta a missão do momento, com este pensar, reformulei, por exemplo, as minhas idas ao Calçadão de Camburi, para as caminhadas e corridas, que  agora são diárias e no tempo que o meu corpo delimita.
Tenho percebido,  que agora  chego na hora que os apressados trabalhadores já estam retornando para suas casas,  no sentido de se prepararem para mais um dia de trabalho, ai, ai,ai! Passo ao largo, pois agora jé tenho um novo olhar! Rsrsr!
Caminho ligadíssima no que os meus sentidos registram, o vento trazido pela brisa do mar, tentando identificar em que direção assopra! Desligo dos barulhos dos carros, e passo-a-passo no meu compasso, observo as pessoas e as cenas que estas constroem naquele momento .
Me pego, atenta à expressividade dos corpos no caminhar, no correr, nos exercícios aeróbicos e no pedalar bicicletas, constato que alguns  se movem com uma certa flexibilidade, compassando o rítmo da caminhada com o balanço dos  braços, outros nem tanto.
Os rostos! Sérios em sua maioria, calados, pouco comunicativos, volte meia um rosto conhecido, que felicidade! é tão bom! Pois  permite o encontro de olhares, a troca de sorrisos, de cumprimentos e até de umas poucas palavras. Interessante como as pessoas  parecem olhar  sem ver,  tipo  para o nada, para o vazio e ou para o chão.
Hoje dei boas risadas, ao perceber que um grupo de quatro pessoas, realizavam  sofridos exercícios abdominais sob a batuta de um personal, que estirado num banco, apresentava  uma circunferência de barriga bastante  avantajada, pensei com os meus botões, bem que ele,  poderia executar os exercícios também!
É um vai-e-vem! Um  ir e vir frenético de pessoas que em estado de contrição, se põe a caminhar, sozinhas, aos pares, de mãos dadas ou não, que  silenciosamente ou conversando, redesenham um novo espaço de convivência , que doravante me ponho a frenqüentar com mais  assiduidade.

Vitória  11/05/11

terça-feira, 10 de maio de 2011

Ai de Mim!


“É isso aí!
Como a gente achou que ia ser
A vida tão simples é boa
Quase sempre
Composição: Damien Rice (vers.: Ana Carolina)

No tempo presente, vivencio  as conseqüências de mais uma de minhas escolhas, o de celebrar a mudança que ora experiencio, estou de fato e de direito aposentada, como é  preciso  consolidar este novo que está posto, nada mais gratificante, do que ser conclamada para este fim,  pelas pessoas que estiveram comigo durante aproximadamente 11(onze) anos.
Prova de amor maior impossível,  nesta primeira sexta-feira do mês de Maio/11, assim o fizeram as minhas queridas amigas, ex companheiras de trabalho, com um singelo encontro, na residência de uma delas,  a Alcionir 
Ai de mim! Se ainda titubiava, resistente a esta realidade, não mais!  É nos encontros que acontecem relacionamentos favoráveis à construções transformadoras, é  no rememorar do     vivido  que algo novo pode emergir; comigo permitiu   sair do  torpor  do estado de indiferenciação que ainda me encontrava.
Sabe, é aquele “Clik” necessário para compreensão do que está se dando,  levando-nos a uma elaboração após  vários solilóquios, necessários,  no sentido de melhor nos ouvir  e constatar que apesar da tristeza causada,  é possível deslizar  para novas possibilidades, experimentações, “jogos”, etc e tal.


“É isso aí!
Os passos vão pelas ruas
Ninguém reparou na lua
A vida sempre continua”



Que assim seja, espero eu!
                                                                                                                               10/05/11

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Aposentadoria - “... Um tempo de Concluir”

“Ando devagar
Porque já tive pressa...
Músicas e letra de Almir Sater e Renato Teixeira
Então, cá estou eu com a minha carta de alforria, opa! Quero dizer de aposentadoria. Depois de um primeiro momento de um não saber como lidar com esta realidade, já premeditada e de ha muito desejada, percebo que estou desacelerando, todo um estado permanente de prontidão para o trabalho, que me permitiu vivenciar as delicia e auguras de chegar até aqui, aonde cheguei.

...só levo a certeza
De que muito pouco sei,
Ou nada sei

O quão  tudo isso é desafiante,  descubro que não fiz o meu “PPA – Preparação para aposentadoria” a contento, relembrando umas das muitas atividades, que um dia desempenhei  em minha vida profissional, rsrsrs, pode!.
Pois,  dei de experienciar sentimentos opostos, em tempos reais  de duração muito curta, delicados de administrar,   de muita significância pela intensidade dos  rebulissos causados, afê!!!!.
Dei de percorrer, com mais frequência do que o usual,  as lembranças de minha trajetória existencial, associando-as ao fazer profissional, comparecendo como se assim  fosse, o pano de fundo de meus movimentos intencionais. Ilusão!
É preciso amor
 Pra poder pulsar

Num tempo lógico,  de quem pouco quer ver o que está posto, surpeendo-me a cada momento com este novo,  a espreitar-me, conclamando-me a tomar isto que é meu e a funcionar sob  uma nova condição.

 Algo transitório,  que suponho ir muito além  do encerramento de um ciclo do exercício profissional no  dia-a dia,  constato que vivo no presente, mais “ ...um  tempo de concluir”.

Cada um de nós, compôe a sua história...

Logo, preciso estar atenta, pois   a minha vida é  da hora,  o meu tempo é agora, e se tenho como  prerrogativa, reaprender  o óssio como mérito. Então, que assim seja, me proponho  transitar  nesta nova condição  com a leveza necessária de quem tem o  “ ... dom de ser  capaz, de ser feliz” .
Abril/2011

segunda-feira, 2 de maio de 2011

E “Dona Lina” nasceu.


 “Então, é preciso dar um nome ao Blog, assim me falou a minha querida Luara!”

Assim aqui estou eu mais uma vez, submetida a este desejo, o de parir mais uma barrigada das muitas que emprenhei!

Como te negar se insiste em comparecer, enquanto demanda de um espaço constituinte de muitas conversas!

Logo, eu te concebo, eu te bendigo, eu te nomeio de “Dona Lina”, oh!  Meu blog! Em homenagem a uma das muitas mulheres, que trago em mim enquanto marcas, pela contribuição prestada ao meu crescimento existencial. Tive a oportunidade de freqüentar de forma assídua a sala de sua residência, local multifacetado em espaço de trabalho e de encontros muito legais.
“Dona Lina” na condição de mulher instigante, enquanto desempenhava as tarefas que lhes dava o sustento, proseava, ora emprestando o seu ouvido atento e sem censuras, para acolher as falas dos que a ti confiavam, ora promovendo encontros com mais de um, na qual a palavra corria solta, nos relatos de histórias bem vividas, as delas eram sempre relacionadas à sua experiência de mulher descolada, que residia numa cidade grande, o Rio de Janeiro, antes de fixar residência em Vitória do Espírito Santo.

É com esta levada que apresento “Dona Lina”, me propondo a deixar a porta desta minha sala aberta,  para que você venha me visitar frequentemente.
Em Vitória, 29/04/2011
às 06:05 de uma bela manhã, após uma madrugada  de chuvas renitentes.