quarta-feira, 19 de junho de 2013

Terra de Mulheres Guerreiras.





Patrimônio da Penha
 Diz a lenda, que nos tempos idos, na Serra do Caparaó, existiam tribos indígenas, que quando os homens saiam para guerrear e ou caçar, as mulheres  assumiam as responsabilidades do cotidiano das aldeias, de forma aguerrida garantindo os espaços de existência das comunidades, por conta disso eram tidas como guerreiras, no tempo presente os nativos que por ali residem, costumam dizer que a cada mulher  que  fixa residência na região,  são essas guerreiras  retornando.
No encantamento dessa possibilidade, eis que me encontrei em Patrimônio da Penha, distrito de Divino São Lourenço, último município antecipado do Espírito Santo, caminhando por suas ruas estreitas de casas de pé baixo de cores vivas e  variadas com olhar de quem quer muito saber.
Carinhosamente guiada  pela  "Bel",  amiga dos tempos de vivências psicodramáticas, que ao  contar esta lenda, transportou-me para um universo mágico da mata atlântica,  numa aventura de rara beleza,  de muitas emoções e aprendizados. Realidade que  inundou minha alma de paz, silenciando a minha voz, alargando minhas narinas, aguçando os meus ouvidos, arregalando os meus olhos, arrepiando minha pele e forçando minhas pernas num caminhar titubeante na busca do equílibrio, para transpor os obstáculos naturais do solo acidentado das trilhas demarcadas para caminhadas de morro acima e mato a dentro.

De cajado em punho, sintonizada com os sons diferenciados de águas corrediças, de movimentos de folhas, galhos, aves, animais  e demais viventes, deixei que minha mente vagasse com uma certa liberdade, mediada pelo temor necessário de sobrevivência, frente a uma ambiência, ainda não explorada, mas que não sei dizer muito bem o porquê, já conhecida, pois suponho que trago em mim  a  magia desse lugar, metaforizada na  lenda dessas índias guerreiras.







terça-feira, 4 de junho de 2013

As Sete Mulheres e Um Homem da Casa de Meus Pais.


Venho de uma família de sete mulheres e um homem, na qual ouvi de meus pais a justificativa em tom de "brincadeiras" que assim se deu pela insistente tentativa de ter um filho homem, que por sinal é o caçula,  depositário de muitas expectativas,  muitas vezes  difíceis de administrá-las, segundo a fala do mesmo.

O que me leva resgatar esse real e estar aqui falando dele,  é o fato de que volte e meia eu me equivoco com esta contagem, excluo um da lista. O que me faz  sentir culpa pelo ato,  na medida que sei que nada é por acaso, não é assim?!

Fico pensativa  de tamanho erro de cálculo numa operação que deveria ser bem simples, dizer do número de irmãos que tenho. Por conta  dessa repetição indesejável, resgatei uma forma de controle  mas que mesmo assim, volte e meia  ainda escapole. É lá do meu tempo de iniciação matemático,  contar nos dedos das mãos quantos são antes de dizer do resultado!...

Então, foi o que fiz nessa terça-feira de  manhã chuvosa e de temperatura amena, voltei no texto aqui publicado sobre os cuidados de minha mãe em relação as suas filhas mulheres, postado em 23/03/13 e me permiti,  refazer os ajutes após os devidos cálculos do número exato que somos de mulheres na família, nomeando-as uma-a-uma a partir do auxílio de meus dedos. Agora assim em paz com o resultado obtido,  consegui  que todas  se fizessem presentes, acrescidas  no aqui e agora também da de meu irmão.