quinta-feira, 21 de julho de 2011

Pelas Ruas da Cidade




Por força de necessidades criadas, tenho andado amiúde pelas ruas da cidade de Vitória, me permitindo redescobrir lugares dantes esquecidos numa das muitas esquinas de minha vida.
Falo de meu retorno ao Mercado da Vila Rubim! Que ainda me encanta tal como em criança, com a sua áurea mágica de um comércio diferente e resistente, mesmo que a modernidade insista em dizer não.
Da curtição olfativa dos variados cheiros de matos para banhos e chás.
Dos incensos, sim os incensos! São muitos, são mis...! Realço os de Iansã, Ogum, Oxossi, Oxum, Iemanjá para iluminar e abrir os caminhos!
Do entreter-me na leitura dos nomes dos produtos infalíveis para dor da desilusão amorosa, retorno imediato do amor perdido e quebranto de um amor proibido...
Da apreciação das estatuetas das divindades do Candomblé, Umbanda, Santas e Santos Católicos e dos muitos apetrechos para os trabalhos de oferendas, expostos que estão no maior sincretismo de possibilidades.
De presenciar o desenrolar da aquisição de produtos intencionais para um trabalho de oferenda, riqueza de detalhes do prescrito no receituário, um pedaço de uma folha de caderno.
Do diálogo de barganha no processo de negociação de um produto, impagável!
Da simplicidade das pessoas que por ali trabalham e transitam encantadas que são em autenticidade.  

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