quarta-feira, 11 de maio de 2011

Redesenhar de Novo

...“O enredo
a gente sempre todo dia tece
o destino aí acontece:
o bem e o mal
tudo depende de mim
sujeito determinado da oração principal.”
De Elisa Lucinda em Parem de falar Mal da Rotina
Na busca de criar um novo modo de resignificar a minha existência, que não me reporte somente ao já conhecido, tenho engatinhado nas redescobertas  exploratórias do que posso vir a fazer, qual não tem sido a minha surpresa, em perceber o quanto tem sido elástico o tempo que disponho, afê!
Tecer uma  rotina que  me permita circular com desenvoltura, nesta nova realidade. É esta a missão do momento, com este pensar, reformulei, por exemplo, as minhas idas ao Calçadão de Camburi, para as caminhadas e corridas, que  agora são diárias e no tempo que o meu corpo delimita.
Tenho percebido,  que agora  chego na hora que os apressados trabalhadores já estam retornando para suas casas,  no sentido de se prepararem para mais um dia de trabalho, ai, ai,ai! Passo ao largo, pois agora jé tenho um novo olhar! Rsrsr!
Caminho ligadíssima no que os meus sentidos registram, o vento trazido pela brisa do mar, tentando identificar em que direção assopra! Desligo dos barulhos dos carros, e passo-a-passo no meu compasso, observo as pessoas e as cenas que estas constroem naquele momento .
Me pego, atenta à expressividade dos corpos no caminhar, no correr, nos exercícios aeróbicos e no pedalar bicicletas, constato que alguns  se movem com uma certa flexibilidade, compassando o rítmo da caminhada com o balanço dos  braços, outros nem tanto.
Os rostos! Sérios em sua maioria, calados, pouco comunicativos, volte meia um rosto conhecido, que felicidade! é tão bom! Pois  permite o encontro de olhares, a troca de sorrisos, de cumprimentos e até de umas poucas palavras. Interessante como as pessoas  parecem olhar  sem ver,  tipo  para o nada, para o vazio e ou para o chão.
Hoje dei boas risadas, ao perceber que um grupo de quatro pessoas, realizavam  sofridos exercícios abdominais sob a batuta de um personal, que estirado num banco, apresentava  uma circunferência de barriga bastante  avantajada, pensei com os meus botões, bem que ele,  poderia executar os exercícios também!
É um vai-e-vem! Um  ir e vir frenético de pessoas que em estado de contrição, se põe a caminhar, sozinhas, aos pares, de mãos dadas ou não, que  silenciosamente ou conversando, redesenham um novo espaço de convivência , que doravante me ponho a frenqüentar com mais  assiduidade.

Vitória  11/05/11

Nenhum comentário:

Postar um comentário